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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

2.29.2008

Viva a Casa da Mãe Joana

Transcorreu, esta semana, o Dia da Roupa de Baixo. Não haverá que estranhar, num país que tem "dia" de tudo, até da geladeira. O inusitado foram as comemorações. Na estação rodoviária de Brasília um grupo de modelos desfilou de calcinha e sutiã. Foi a glória dos candangos, peões e flanelinhas que moram ou passam por lá.
Exortar para que a moda dos dias especiais pegue é redundância, porque já pegou. Basta consultar aqueles calendários mais sofisticados para se notar não haver um dia vago, sequer, nos 365. Na maioria deles acumulam-se homenagens, desde aos santos às mais esdrúxulas homenagens prestadas a categorias, religiões, esportes, máquinas e muita coisa a mais.
Apesar de tudo, falta um. Que tal criarmos o Dia da Corrupção? Sempre que fosse comemorado, estaria a população inteira autorizada a cometer lambanças de toda ordem. Os bancos e os banqueiros poderiam aumentar juros o quanto quisessem, enquanto as multinacionais remeteriam para o exterior lucros inexistentes. Funcionários públicos teriam a prerrogativa de utilizar cartões corporativos para despesas pessoais e familiares. Tecnocratas disporiam da condição de elevar impostos.

Por Carlos Chagas
do prosa e politica

2.28.2008

Viajando pelo Brasil

  
Editorial, Estadão

Há uma semana, no lançamento de uma obra rodoviária no Espírito Santo, o presidente Lula respondeu aos jornalistas que lhe faziam perguntas sobre a CPI dos Cartões com uma impaciência que beirava a rispidez: 'Eu confesso a vocês que não tenho tempo a perder com CPI. (...) Enquanto as pessoas discutem lá em Brasília, enquanto as pessoas fazem investigação, meu papel vai ser viajar pelo Brasil.' É o 'papel' que nunca deixou de desempenhar desde as Caravanas da Cidadania, dos anos 1990 - as quais, a julgar pelo caráter que lhes atribui de descoberta do Brasil, teriam sido um evento de proporções legendárias.


Cinco anos e dois meses de Planalto não mudaram a sua convicção - cujas conveniências políticas e eleitorais são simplesmente óbvias - de que o Brasil não pode ser governado de Brasília. 'Todo mundo sabe que, se a gente quiser mapear e resolver os problemas, a gente tem que viajar esse país', reiterou dias atrás. Mesmo que os problemas não sejam resolvidos, há de pensar com os seus botões, as viagens são mais divertidas do que as servidões da rotina presidencial, da qual fazem parte, por exemplo, a leitura de textos áridos e as audiências a interlocutores que só querem coisas, sem nada oferecer, como outro dia se queixou, coberto de razão. 'Ficar em Brasília', resumiu, 'é uma desgraceira só.'


O novo pretexto para a deambulação que o leva esta semana a Quixadá, Fortaleza e Aracaju, no primeiro trecho de uma romaria que só até os primeiros dias de maio o conduzirá a pelo menos 16 cidades, com idas ao exterior, de permeio. Parte das viagens será para lançar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que ele estará proibido de fazer a partir de julho, neste ano de eleições municipais. Mas são precisamente essas eleições que pouparão o presidente das desgraceiras do Planalto, permitindo-lhe subir ao espaço público em que ele é mais ele: os palanques. Diante das limitações que a Lei Eleitoral impõe aos detentores de mandatos executivos, alguém no governo talvez tenha tido um estalo.


No que o vanglorioso Lula já saiu chamando 'o mais extraordinário programa de atendimento de políticas de oportunidades combinadas com políticas sociais que nós já tínhamos preparado no Brasil' - ufa! -, englobaram-se projetos de 15 Ministérios, somando R$ 11,3 bilhões, dos quais R$ 5,4 bilhões para o Nordeste, numa nova e grandiloqüente rubrica: Territórios de Cidadania. Serão 60, abrangendo 958 municípios e 24 milhões de habitantes, com ênfase nas zonas rurais, para construção de escolas e estradas, redes de água e esgoto, implantação de sistemas de crédito, expansão do acesso à luz elétrica e até mesmo a instalação de cartórios de registro civil. Os recursos já estão assegurados no Orçamento.


Desde logo, porém, alguns aspectos da iniciativa chamaram a atenção das oposições. Primeiro, o fato de ter sido instituída por decreto. No entender dos presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra, e do DEM, deputado Rodrigo Maia - que pediram ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do programa alegadamente inconstitucional -, por ser novo, ele teria de ser criado a partir de projeto de lei ordinária enviado ao Congresso. Em segundo lugar, os oposicionistas estão convencidos de que o programa é '100% eleitoreiro', para carrear votos ao PT nas urnas de outubro, daqui a oito meses. 'Não se questiona o investimento, mas a oportunidade do investimento', explica outro oposicionista, o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia.


Uma suspeita adicional envolve a escolha dos municípios que farão parte dos Territórios. 'Queremos saber quais são os critérios adotados para definir as áreas beneficiadas', cobra o líder do DEM na Câmara, ACM Neto, partindo da premissa de que tudo será feito pelo bem do PT. Indício disso estaria no fato de a execução do programa ter sido entregue ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, dirigido pelo petista Guilherme Cassel. Para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, as críticas são politicamente motivadas. 'É um dos melhores programas no sentido da distribuição da renda', argumenta. 'É focado e tem papel de resgate dos bolsões de pobreza.' Ainda assim, o governo precisa demonstrar que os Territórios não foram traçados a fim de ser o caminho mais curto para o êxito eleitoral do PT.


http://www.estado.com.br/editorias/2008/02/28/edi-1.93.5.20080228.3.1.xml

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2.27.2008

O ORÇAMENTO É PRESCINDÍVEL NO GOVERNO LULA!



1. O Parlamento ganha as primeiras formas, como as que tem hoje, ainda no século 15, na Inglaterra. A razão estruturante do Parlamento é a Lei de Orçamento, que na época obrigava o Rei a aprovar os novos impostos ou aumento dos anteriores, que queria usar.

2. No século 18, os poderes distintos, passam a constituir a ossatura do regime democrático. A Lei de Orçamento renova a cada ano as limitações e as obrigações do poder executivo. O absolutismo -em ultima instância- é o Poder Executivo governar sem Lei de Orçamento.

3. Nos Estados Unidos, o Congresso além de aprovar a Lei de Orçamento, ainda a executa, através de uma comissão mista de deputados e senadores, responsável por empenhar as despesas. No Reino Unido, os orçamentos bianuais aprovados -mesmo se para serem aplicados a menos, em seus detalhes, requerem autorização legislativa.

4. O governo Lula governa, tranqüilamente, sem Lei de Orçamento. Empenha ilegalmente no final do ano o orçamento não aprovado e despesas sequer iniciadas no ano anterior. Abre o orçamento por medidas provisórias, quando bem entende. Para constituir uma CPI o governo mobiliza suas bases -faz e acontece. Mas para aprovar a Lei de Orçamento, não mexe uma palha: tanto faz.

5. Mesmo as leis orçamentárias mais flexíveis para o poder executivo, não permitem que o executivo crie novos programas por ato administrativo. Mas para o governo Lula isso tanta faz. Não dá a mínima bola para a aprovação da lei de orçamento, governa sem ela, cria orçamento por medida provisória, empenha de um ano para outras despesas inexistentes no ano anterior, cria programas administrativamente, e vai levando.

6. Muitas vezes se fala em democracias incompletas, imperfeitas. Mas nesse caso, quando a coluna vertebral das relações entre o legislativo, e o executivo, da própria razão última do parlamento, dos limites do executivo, sua dependência às leis para seu gasto, deixam de existir, já não se pode falar em regime democrático. É o que ocorre este ano, e vem ocorrendo nos anos anteriores.
Do Blog do César Maia:
COMENTÁRIO: Porque não ajuiza o procedimento proprio? Fala Cesar Epitacio Maia

Estouro da boiada

Lula e Marisa no olho do furacão (14.02.08 - 11h51)

Enquanto governistas e oposição se enfrentam no caso da CPI dos Cartões Corporativos, parte dos contrários ao Palácio do Planalto decidiu ingressar na Justiça Federal contra esse moderno meio de pagamento, com que muitos tresloucados fizeram a gentileza de farrear. A ação judicial, por estratégia, será protocolada em um dos estados do sul do País, e não em Brasília. No olho do furacão serão lançados o presidente Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia, além dos ministros Paulo Bernardo da Silva (Planejamento) e Guido Mantega (Fazenda). O problema maior está na inserção do nome de Dona Marisa no imbróglio, pois a primeira-dama terá de explicar gastos feitos em seu nome pelos chamados ecônomos palacianos. Na lista de despesas estão compra de roupas finas, produtos cosméticos em quantidade, aplicações de Botox, idas ao cabeleireiro e mimos milionários aos filhos, noras e netos.

Coisa de nababo (14.02.08 - 10h01)

Em setembro de 2007, quando Lula da Silva discursou na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, a assessoria presidencial realizou outro saque milionário. Desta vez, no valor de US$ 123 mil (R$ 214 mil em valores de hoje). Algo literalmente estranho, pois as despesas de viagem foram financiadas pela ONU. Mas a sandice maior ainda estava por vir: um relógio Santos Dumont, da custosa e refinada marca Cartier, foi comprado na elegante 5ª Avenida pela bagatela de US$ 16 mil (R$ 27,8 mil). A compra dessa seleta jóia foi realizada às 22h30 (horário local), quando lojas do naipe da Cartier recebem, a portas fechadas, clientes especiais. Mas tudo isso é absolutamente normal, porque o Brasil, segundo dizem alguns populistas de plantão, é o país de todos.

Fortuna na mão (14.02.08 - 9h46)

Os gastos injustificáveis com os cartões de crédito corporativos têm sido motivo de dores de cabeça para a equipe palaciana. E é por isso que o presidente Lula da Silva, que chegou ao Palácio do Planalto nos "ombros do povo", tem defendido com tanta veemência o sigilo dos seus gastos. Entre 24 e 28 de janeiro de 2007, durante a participação do presidente-operário no Fórum Econômico Mundial, em Davos, assessores presidenciais realizaram dois saques em dinheiro que totalizaram a bagatela de US$ 109 mil (R$ 190 mil). A operação, realizada por meio de um cartão de crédito com a bandeira do Banco do Brasil, ficou registrada em um banco suíço sob o número 39C895. Nessa viagem à Suíça, o presidente brasileiro se fez acompanhar dos ministros Guido Mantega (Fazenda), Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (à época responsável pela pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Henrique Meirelles (presidente do Banco Central).

Lisete Cardoso Ass.Parlamentar
E-mail:lisete.cardoso@cna.org.br Fone: (55)61-2109-1478

COMENTARIO: O ajuizamento de procedimentos judiciais requerendo o ressarcimento dos cofres publicos e o depoimento pessoal dos envolvidos é o remedio proprio para coibir a farra com o dinheiro publico.

Tropeçando no discurso

       
Por Ucho Haddad (*)

Durante evento no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio tropeçou mais uma vez na própria verborragia. Lula anunciou aos que o acompanhavam na vista ao canteiro de obras de uma siderúrgica, que na próxima semana estará no Complexo do Alemão para anunciar investimentos na área social. Para justificar seu discurso, Lula da Silva afirmou que intervenções policiais não bastam para combater o crime organizado. “Se porrada educasse as pessoas, bandido saía da cadeia santo. O ser humano vive à procura de oportunidades, se o Estado não oferece, se as empresas não oferecem, se as prefeituras não oferecem, o crime organizado oferece, a bandidagem oferece”, completou o presidente-operário.


Cada qual diz o que bem entender, mas o cargo de presidente da República exige um mínimo de bom senso. Ao falar em “porrada”, Lula mostrou que sabe de alguma coisa, mas nada faz para impedi-la.

Bravata oficial

Presidente Lula, de fato “porrada” não fabrica santo algum. Mas esse discurso vai contra alguns episódios recentes, os quais arremessaram o seu partido no cadafalso das conjecturas. Ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel acabou morto depois de ser torturado (tomou “porrada” antes de morrer). Os envolvidos no crime e as testemunhas desapareceram de maneira estranha e conveniente para alguns (também foram alvo de “porradas” antes de morrer). Carlos Delmonte Printes, o médico-legista que examinou o corpo de Celso Daniel e foi misteriosamente assassinado, confirmou que o ex-prefeito “tomou porrada” e foi assassinado em seguida. E os aloprados do dossiê, os mensaleiros, o Vavá, o Paulo Okamotto, o Gilberto Carvalho, e outros mais, são tratados com respeito e carinho. Estranho, não é mesmo, Presidente?

Livro de cabeceira

Carlos Delmonte Printes, a penúltima vítima do caso Celso Daniel – a última ainda continua viva – não se suicidou como tentou vender à opinião pública uma ala do PT. Até porque o médico-legista, segundo apurou a coluna junto a pessoas de seu relacionamento, não tinha motivo algum para tal. Semanas antes de ser assassinado, Carlos Delmonte se dedicava à elaboração de um trabalho sobre tortura. E tinha como fonte de consulta um exemplar da revista portuguesa “Já”, datado de 20 de junho de 1996. A publicação lusa trouxe em matéria de capa o caso de Carlos Rosa, decapitado enquanto se encontrava detido para interrogatório na Guarda Nacional Republicana. O exemplar da “Já”, que estava com Delmonte e que traz anotações do legista, foi presenteado ao editor da coluna, um dos ameaçados pela verdadeira quadrilha envolvida no crime.

http://www.ucho.info/
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Fidel e o golpe da revolução

Artigo: Reinaldo Azevedo
Fidel e o golpe da revolução
operada por outros meios

"A mitologia da resistência é uma trapaça ideológica
a emprestar a homicidas compulsivos a dignidade
de utopistas. Hoje, os nossos 'cubanófilos' estão
empenhados é em assaltar os cofres. E é bom lembrar:
os ladrões vulgares não desistiram de solapar a democracia"

A semente do mensalão está na pistola com que Che Guevara executou
um guerrilheiro que roubara um pedaço de pão. O dossiê dos aloprados
foi planejado em Sierra Maestra. O aparelhamento do estado e a farra
dos cartões desfilaram com Fidel Castro em Havana, em 1959. Isso é
história de mentalidades, não de nexos pobremente causais. O assalto
ao Erário, à ordem legal e à administração do estado seria apenas a
revolução operada por outros meios. Os criminosos precisam dessa
mitologia para reivindicar seu exclusivismo moral. É coerente que
propagandistas do PT como o arquiteto Oscar Niemeyer, o cantor Chico
Buarque e Frei Betto sejam também embaixadores (i)morais da ditadura
cubana.

Fidel, vê-se, é uma figura marcante na história do Brasil. A
justificativa nada improcedente do golpe militar de 1964 foi impedir
a "cubanização" do país. Figuras que transitam neste governo têm sua
folha corrida ou sua lenda pessoal ligadas à trajetória
do "comandante". José Dirceu, por exemplo, ganhou seu caráter e uma
de suas caras treinando guerrilha na Cuba revolucionária. Há quem
jure que nunca deu um tiro. O sindicalista Luiz Inácio Lula da
Silva, que estreou no anticomunismo, aproximou-se do castrismo por
razões, acredite!, pragmáticas. Derrotados de 64 forneceram ao dito
então "novo sindicalismo" a vértebra política que ele não tinha e
lhe emprestaram aquela mitologia da "resistência". Na versão mítica,
os derrotados do comunismo que voltaram do exílio tentariam
construir o socialismo recorrendo aos instrumentos que a
própria "burguesia" lhes forneceria. Padres de passeata aspergiram
na mistura um pouco da pervertida água benta anticapitalista, e
pronto! Estava criado o PT. Para quê?

As esquerdas, diz um amigo, não têm uma teologia, só uma
demonologia. Ainda não definiram as virtudes pelas quais lutam, mas
têm claros os valores contra os quais conspiram, e o mais importante
de seus alvos é a liberdade. O alemão Karl Marx (1818-1883), pai
intelectual dos comunistas, tinha certa atração pelo demônio - o
próprio filho o chamava de "diabo"; devia ter lá seus motivos. Em
Marx e acólitos, o novo homem se faz da destruição do patrimônio
cultural que herdamos, não de uma nova resposta às demandas geradas
por essa herança. Por isso o marxismo tentou apagar no "cérebro dos
vivos" o "pesadelo das gerações mortas". Eliminar a memória é
condição essencial do totalitarismo. As revoluções e golpes
comunistas sempre foram exímios na destruição de sistemas, mas
incapazes de criar alternativas: caracterizam-se por longos
processos de depuração, expurgos, retratações e purgações
inquisitoriais. Como diria o cubanófilo Chico Buarque, inventaram o
pecado, mas não o perdão.

Claudia Daut/Reuters

Fidel e Dirceu: quem disse que a história os julgará?

Num ambiente em que se articulam "teologia", "demonologia"
e "esquerdas", uma voz autorizada é a de Frei Betto, o mais pio dos
nossos "cubanos", eventualmente ímpio, já que é um religioso. O
homem é de uma coragem moral admirável na amizade que mantém com
Fidel. Em seu convicto repúdio ao inferno capitalista, jamais se
deixou impressionar por execuções sumárias. Como diria Padre Vieira
(1608-1697), a coragem moral é de Betto, mas o risco é dos outros.
Ele já tem seu veredicto: "Não há nenhum sintoma em Cuba de que o
país possa retornar ao capitalismo". Betto esconjura o demônio.
Trata-se da reza macabra habitual: justificar ou ignorar crimes,
sejam fuzilamentos ou mensalões, em nome de amanhãs sorridentes. É o
que tem feito outro renitente apologista do comunismo, Oscar
Niemeyer, com o peso dos seus 100 anos - a União Soviética não
resistiu mais do que 74... Na carta de renúncia, Fidel citou o
arquiteto, afirmando que é preciso "ser conseqüente até o final".
Até o fim de quem?

Ocorrem-me, diante de Niemeyer, as palavras do poeta português
Antero de Quental (1842-1891) ao responder a um adversário
intelectual: "Levanto-me quando os cabelos brancos de V. Exa. passam
diante de mim. Mas o travesso cérebro que está debaixo e as garridas
e pequeninas coisas que saem dele, confesso, não me merecem nem
admiração nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho
desgosta-me tanto como a gravidade numa criança. V. Exa. precisa
menos cinqüenta anos de idade, ou então mais cinqüenta de reflexão".

E há Chico Buarque, o terror da propriedade e dos casamentos
privados do Leblon. Sim, a nossa Palas Athena da MPB tem até um
retrato no Museu da Revolução de Cuba, tal é a admiração que lhe
devota o "comandante". O povo prefere Nelson Ned e a novela Escrava
Isaura. Entendo: deve identificar o dono da ilha com Leôncio, o
bandidão senhor de escravos. "Chico", essa entidade acima da moral
e, quiçá, dos bons costumes, faz lirismo voluntário com o sangue
involuntário das vítimas de Fidel. Um talentoso idiota moral.

Boa parte da imprensa não fugiu a esse clima de leniência
(ou "leninência": não resisti ao trocadilho, perdoe-me) com
o "comandante". Sua renúncia assanhou as células do ódio à
democracia e à economia de mercado. Sob o pretexto da isenção,
atribuíram ao facínora uma herança "ambígua". Num rasgo de covardia
intelectual, decretou-se: "Só a história poderá julgá-lo".

Fidel mandou matar em julgamentos sumários 9 479 pessoas. Estima-se
que os mortos do regime cheguem a 17 000. Dois milhões de pessoas
fugiram do país - 15% dos 13 milhões de cubanos. Isso corresponderia
a 27 milhões de brasileiros no exílio. Ele matou 130,76 indiví-duos
por 100 000 habitantes; Pinochet, o facínora chileno, "apenas" 24; a
ditadura brasileira, "só" 0,3. O comandante é 435,86 vezes mais
assassino do que os generais brasileiros, que encheram de metáforas
humanistas a conta bancária de Chico Buarque. A história dirá quem
foi Fidel? Já disse! Permaneceu 49 anos no poder; no período,
passaram pela Casa Branca, lá no "Império" detestado por Niemeyer,
dez presidentes!

Cadê a ambigüidade? A mitologia da resistência é uma trapaça
ideológica a emprestar a homicidas compulsivos a dignidade de
utopistas. Hoje, os nossos "cubanófilos" estão empenhados é em
assaltar os cofres. O problema não está nas duas caras que eles têm,
mas na moral que eles não têm. E é bom lembrar: os ladrões vulgares
não desistiram de solapar a democracia.

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2.26.2008

Premiação especial


Francenildo que se lasque



Por Sônia van Dijck

Essa tribo de petistas, aliados, publicitários, compadres, churrasqueiros, irmão "lambari", ministro gourmet da culinária tapioqueira, aloprados, apanhados com dinheirama para comprar dossiê fajuto contra os tucanos, assessor transportador de dólares na cueca (e haja ridículo no episódio... - e se os dólares estivessem sujos de merda?! - e se o cara tivesse se masturbado no banheiro do aeroporto?) - ministra consumidora de free shop, filhotes privilegiados (um virou milionário relâmpago; a outra, titular de frota de elite...), netos com previdência paga com dinheiro público, primeira-dama recauchutada em botox, reitor metido a bacana com a grana de Fundação de pesquisa e mais outros contraventores e corruptos notórios e mais uma fauna miúda integrada por cafetina, diretores de bancos, deputados corruptos, senadores desonestos, tudo isso faz a substância e a essência - a fina flor - la crème de la crème - do governo Lula. Quem é in no governo Lula vira notoriedade na roda do crime ("olha aí, é o meu guri!").

E não quero ser exaustiva, pois a enumeração dos que mamam nas tetas do estado brasileiro é muito mais ampla. Se eu enumerar todos os afilhados da rapariga do sobrinho do delegado que encontraram uma boca livre no cartão corporativo do governo Lula, vou tomar o tempo de vocês - são cerca de 11.000 que comem, bebem, fazem sexo, compram brinquedos e artigos esportivos e chocolates finos, curtem a vida numa boa, graças ao dinheiro do contribuinte - o fenômeno, que pode ser chamado de tornado que atinge diretamente o cidadão, atravessa o Executivo, passa pelo Legislativo e aporta no Judiciário. O Brasil é um estado no qual a corrupção se tornou sistema de governo - é caráter do estado brasileiro: ser corrupto é participar do poder, é ser governo - o cidadão paga a conta da farra dos poderosos e de seus peões, aproveitadores da criminalidade.

E tem até peão com diploma de doutorado, que faz questão de ter em casa algumas lixeiras de muitas centenas de Reais - resistir, quem há-de? - afinal, se não podemos impressionar os cientistas estrangeiros pela nossa competência acadêmica, podemos impressionar pelo fausto do apartamento decorado com a verba destinada à pesquisa científica. Quem não dá valor ao saber científico, pelo menos pode mostrar competência em ser corrupto e dar lição de criminalidade aos representantes das universidades mais respeitadas academicamente no mundo, exibindo um apartamento tipo petrodólares...

E peão do PT tem que mostrar serviço, seja reitor de universidade ou terrorista do MST - peão do PT, se goza do bem bom, tem que fazer a tarefa destruidora das instituições, para que o PT possa vencer, quando se apresentar como partido salvador da pátria - essa foi a missão do reitor da UnB - e ele teve nota 10 ao desmoralizar a universidade e mais uma instituição que era vista como de pesquisa científica.

Deve ser por causa do luxo e da ostentação do Reitor da UnB que Lula nunca concedeu reajuste aos professores das IFES - Lula deve pensar que professor-pesquisador de universidade federal mora em palácio semelhante ao do reitor da UnB, com luxos pagos por fundações de pesquisa, e que os professores-pesquisadores aposentados se alimentam de manjar caído dos céus e que, por isso, devem morrer esperando a nova temporada de chuva de manjar - até para pagar com o manjar dos céus os altos impostos cobrados pelo governo Lula.

Se há lances de corrupção, cinismo e covardia, nos fatos relembrados acima, devemos nos preparar para a reprise, em grande estilo, da consagração da corrupção, da vitória do cinismo e da institucionalização da covardia.

O ex-ministro Palocci, já no Jornal Nacional (Rede Globo), tinha sua declaração de angelicalidade para ser noticiada.

Ou Palocci é um notório imbecil ou se julga o maior dos espertos. Imbecil: no caso de acreditar que alguém de bom senso e com um mínimo de ética vai acreditar em sua proclamada inocência oportuna. Esperto: porque vai usar a fragilidade da legislação brasileira para escapar impune de um crime contra a Constituição.

Na verdade, Paloccci não passa de mais um corrupto que será beneficiado pela brandura recente dos magistrados brasileiros, que fazem a leitura da Lei conforme a jogada da vez - afinal, como Deputado, ele tem forum privilegiado, pois no Brasil é assim: canalha importante é menos canalha e nem é canalha, depois de os magistrados se pronunciarem, e ficar declarado inocente. Temos o melhor sistema jurídico e o mais completo repertório de leis para prejudicar a VÍTIMA: o cidadão. E a farra com os cartões corporativos tem nossos impostos como garantia.

O caseiro Francenildo que se lasque: não passa de um honesto trabalhador sem futuro de luxo. E nós, os contribuintes, continuaremos a pagar a grande farra dos poderosos petistas, seus aliados, amiguinhos, churrasqueiros, afilhados do sobrinho da rapariga do prefeito do "cu do Judas" et caterva.


Sônia van Dijck é Professora Universitária Aposentada.

Do Alerta Total http://alertatotal.blogspot.com/

Liberdade não tem ideologia

por

Liberdade de imprensa é musa que os governantes, mesmo os que se julgam altamente democratas, cortejam, mas estão longe de apreciar. A maioria gostaria de vê-la pelas costas. De fato, não é fácil admiti-la. Afinal, a imprensa está longe de ser um ente perfeito.
Erra – e erra muito. Mas nenhum dos danos que eventualmente ocasiona se compara ao dano maior de sua supressão – ou limitação por meio de censura. Os danos decorrentes do exercício da liberdade de imprensa – injúria, calúnia e difamação – estão capitulados no Código Penal, e estabelecem punições que vão de multa a prisão.
O mau jornalismo deve – precisa – ser punido, nos termos da lei, até mesmo para fortalecer o bom jornalismo. O preâmbulo vem a propósito de expediente recente, perpetrado pela Igreja Universal do Reino de Deus, contra um jornal e uma jornalista.
Contrariada por se sentir ofendida por reportagem da Folha de S.Paulo, assinada pela repórter Elvira Lobato, pôs em cena uma estratégia que, na linguagem judicial, é conhecida por “litigância de má fé”. Ou seja, aciona-se a Justiça não em busca de justiça, mas para intimidar ou estabelecer pressão econômica irresistível.
Foi o caso. Diante da referida matéria, os dirigentes da Igreja Universal orientaram adeptos em todo o país para que abrissem processo simultâneos na Justiça, de diversos pontos do país, contra o jornal e a jornalista. Ao todos, mais de 150.
A evidência da litigância de má fé começa nos termos das petições, que se repetem literalmente em cada um dos processos. Toda a imprensa se levantou, mobilizando entidades da sociedade civil, como OAB, CNBB e outras grifes defensoras do politicamente correto. Estava em cena uma modalidade oblíqua de censura.
Tudo bem – exceto por um detalhe: trata-se de reação tardia a uma prática que já estava em curso, já fizera vítimas, mas não gerara a mesma reação. Ou por outra, nenhuma reação.
E aí há um dado gravíssimo, nem sempre percebido como tal, que é a censura à imprensa gerada pela própria imprensa. A censura ideológica. Há bem mais tempo que as ações simultâneas da Igreja Universal contra Elvira Lobato e a Folha, o colunista da revista Veja, Diogo Mainardi, tem sido alvo de atos idênticos, perpetrados por personagens ligados ao governo federal e a seu partido.
Mainardi, porém, é visto como ideologicamente contaminado. Assume posições tidas como ultraconservadoras (não cabe aqui discuti-las), e faz críticas ácidas à própria mídia, o que o torna um colecionador de desafetos em seu próprio meio profissional.
Ocorre que liberdade de imprensa não é um bem ideológico. Não é de direita ou de esquerda, nem pode estar submissa a idiossincrasias. É plural e impessoal – ou não é. Goste-se ou não de quem esteja sendo constrangido pelo exercício da profissão, é o princípio que está em jogo. Se houver excessos por parte do jornalista, há os remédios legais e o modo honesto de acioná-los.
O presidente Lula, ao se manifestar a respeito da ação da Igreja Universal contra Elvira e a Folha, tratou o caso como se não estivesse submetido a litigância de má fé. Disse que a democracia é assim: se a pessoa ou instituição se sente ofendida, vai à Justiça. É verdade – mas não é o caso, e o presidente com certeza sabe disso.
Ele e seu partido, que quiseram criar um certo Conselho Federal de Jornalismo, na tentativa de estabelecer controle estatal sobre a atividade, incluem-se na cota dos que cortejam a musa Imprensa, mas estão longe de apreciá-la ou de a quererem por perto.

Comento
Ruy Fabiano vai ao ponto certo: quando Diogo foi vítima do mesmo procedimento, poucos protestaram. Se, contra Diogo, pode, por que não contra os demais?

Reitero: recorrer à Justiça é uma faculdade sagrada das democracias. Devemos fazê-lo, quando é o caso, para restaurar um direito agredido. Eu o farei quando julgar necessário. Os indivíduos devem fazê-lo. Os próprios veículos de comunicação podem ser vítimas de agressões industriadas, feitas por lobistas disfarçados de jornalistas, e a Justiça é o caminho. Mas sem chicana.

A questão em debate é outra: a manipulação de dispositivos legais para punir oponentes antes mesmo de qualquer decisão legal. Foi o que se tentou fazer com o Diogo e com a VEJA; é o que se tenta fazer com Elvira Lobato e com a Folha. VEJA, felizmente, levantou a voz contra a chicana na edição desta semana. Eu tenho tratado do assunto aqui, como sabem, desde o primeiro dia.

Ruy Fabiano está certo: nesse caso, não há ideologia. Ele aponta: no caso de Diogo, o silêncio de alguns setores se devia a um sentimento mais ou menos assim: “Esse cara mereceu; ele é muito conservador”.

Ora, silenciar diante da mobilização do aparato legal para tentar atingir alguém porque não se gosta do seu pensamento corresponde a abrir as portas do inferno.Voltamos ao texto tantas vezes lembrando aqui do pastor protestante Martin Niemöller (1892-1984):

“Um dia, vieram e levaram meu vizinho, que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram. Já não havia mais ninguém para reclamar.”


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Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade




2.25.2008

Cortinas de fumaça


por Heitor De Paola

Mensalões e mensalinhos; farta distribuição de cargos para notórios corruptos; e agora, os cartões corporativos. Denúncias e mais denúncias constantemente. A população é mantida sob contínuo stress denuncista, a mídia fazendo sua parte. O que tudo isto significa?

Os prestidigitadores hábeis sabem como atrair a atenção da platéia para um ponto qualquer que não interessa, enquanto fazem seus truques. Os partidos de esquerda que tomaram o poder em nosso País em 1994 são exímios prestidigitadores: criam constantemente celeumas e polêmicas que interessam à platéia de néscios que é o povo, enquanto praticam seus crimes mais graves e hediondos na surdina. Aliás, nem tanto, as pessoas que desejam se informar olham para o lugar certo. Embora alguns olhem e finjam que não vêem nada! Para não sairmos da área dos espetáculos artísticos, o que se faz é armar um grande circo para desviar a atenção do público dos autênticos problemas que afligem a Nação.

Durante oito anos o circo foi constantemente armado pelo PT. Desde 2002, obedecendo rigorosamente ao rodízio acordado em Princeton, cabe ao PSDB fazê-lo - e com mais habilidade ainda! O PMDB não é um partido: é um bando de caçadores de cargos públicos e de estatais. O DEM, embora tenha quadros importantes e sérios, parece um amontoado de baratas tontas que tende a se tornar um partideco sem importância, controlado pelos Maias – com o devido perdão de Eça de Queiroz.

A triste novidade da atual crise (atual enquanto escrevo, em meados de fevereiro; quando sair o artigo pode ter outras mais) é o envolvimento de um General do Exército Brasileiro – mesmo que da Reserva - invocando o sigilo dos cartões da Presidência em nome da segurança nacional. Será que vão comprar tanques modernos – me refiro aos de guerra, não aos de lavar roupa - com American Express? Mirages com Visa? Ou submarinos nucleares com MasterCard? Antes fosse, mas sabemos todos que não é, pois para estas coisas de que o Brasil necessita urgentemente é necessário aprovação de várias Comissões e do plenário do Congresso, transparência total, crédito consignado no Orçamento e todos os óbices que são dispensados para as despesas de cabeleireiro das Primeiras Damas, muito mais importantes para a Segurança Nacional, obviamente!

As constantes “descobertas” de focos de corrupção e a criação dos espetáculos circenses das CPI’s de mentirinha – já ficou combinado que as despesas familiares dos Presidentes não serão divulgadas - servem para impedir a população de enxergar os verdadeiros crimes cometidos pelos partidos hegemônicos. Pura balela, pois quando as CPI’s descobrem alguma coisa a Justiça resolve e absolve. Ninguém, ninguém mesmo lá em Brasília, quer diminuir a corrupção – acabar é quimera -, pois todos se locupletam, direta ou indiretamente. A corrupção está ligada diretamente ao gigantismo do Estado onipotente que, aqui no Brasil, foi fundado há 200 anos pela corte fujona de João VI (razão pela qual não vejo nenhuma razão para comemorar, sim para lamentar que não tivessem ido para Goa). O símbolo máximo foi a criação da primeira estatal brasileira, o Banco do Brasil.

Se quisessem de verdade, bastava reduzir o Estado a uns 30% do tamanho atual e desestatizar totalmente a economia. Atenção: desestatizar não é privatizar! Privatizar é o que o FHC fez: privatiza os lucros, mas mantém o controle do Estado via Agências Reguladoras, créditos do BNDES que se torna sócio, e dos fundos de pensão das Estatais. Desestatizar é o que se fez na Alemanha Oriental quando da reunificação: vender o que for vendável, doar o que não tiver compradores e extinguir o que ninguém quiser. Principalmente acabar com o regime de “concessões” dando plenos direitos aos proprietários. Mas isto ninguém quer: e os cabides de empreguismo fácil?

Dizer que os governantes estão interessados pura e simplesmente em roubar é dar armas ao inimigo: é dizer que o maldito dinheiro é a causa de todos os males e que, portanto, o mal está no famigerado regime capitalista. Com isto encobre-se o acelerado avanço do socialismo em nosso País. Chamar nossos governantes de ladrões é, pois, contraproducente, é atirar dentro da própria trincheira! Os países que realmente adotam a economia liberal – apelidada por Marx de capitalismo - são os menos sujeitos à corrupção, a qual quando ocorre não fica impune como entre nós. O sentimento de posse do dinheiro público é apanágio dos socialistas, herdeiros diretos das monarquias, que se sentem perfeitamente justificados em fazê-lo, pois estão “construindo um futuro melhor e mais brilhante para todos os povos”. Durante a cúpula Ibero-Americana de 2006 eu estava em Montevideo, no hotel Balmoral, o mesmo em que estavam hospedados os agentes da DGI, a segurança da delegação cubana. Seus carros eram todos BMW zero km, certamente alugados com cartões corporativos. Ao final do conclave, retirados os ternos e já em gozo de férias, eles chegavam com imensas bolsas contendo toda a sorte de gadgets produzidos pelas decadentes indústrias capitalistas. Um deles estava com mais de 200 celulares! Eu vi, porque ele abriu a bolsa mostrando todo orgulhoso para seus coleguinhas. Suspeito que a forma de pagamento tenha sido também cartões corporativos!

Reafirmo que o alvo da luta de uma verdadeira oposição deve ser o avanço socialista que vem sendo escondido pela cortina de fumaça dos escândalos de Brasília, denunciando:

1 - o Foro de São Paulo, de onde emanam todas as decisões de Brasília, como uma organização comunista criminosa (desculpem o pleonasmo!) fundada pelo atual Presidente e por Fidel Castro; 2 – o criminoso desmantelamento de nossas Forças Armadas e o aviltamento dos soldos militares, planejados pelo Diálogo Interamericano e pela Comissão Trilateral, dos quais faz parte FHC, para as transformarem em meras milícias regionais; 3 – a ameaça à soberania nacional na entrega da Amazônia a ONG’s principalmente européias; 4 - o PT, por associação ilícita e formação de quadrilha com os narcotraficantes das FARC, companheiros no Foro de São Paulo, que são os responsáveis pela morte por drogas de milhares de jovens brasileiros, além de estarem dando instrução militar aos bandidos das favelas cariocas; 5 - a verdadeira razão de nosso ensino ter caído tão baixo na escala mundial: o método criminoso de Paulo Freire. Se nas avaliações houvesse questões sobre comunismo nossos estudantes seriam imbatíveis, idem se fosse sobre “educação sexual”, principalmente no quesito das aberrações; 6 - o MST e organizações urbanas afins, os “povos indígenas organizados” e os quilombolas como organizações guerrilheiras e terroristas que visam extirpar a propriedade privada de nosso País e representam ameaça à nossa soberania; 7 - a participação dos dois últimos governos (FHC e Lula) no adestramento destas mesmas forças irregulares, piores do que as Ligas Camponesas; enfim 8 - conquistar as ruas, única propriedade privada que será mantida: a do PT, aprendendo com o bravo povo venezuelano como é que se faz oposição de verdade.

Se ficarmos lutando contra o acessório e não contra o fundamental, quando nos dermos conta só poderemos dizer como o bardo: agora é tarde, Inês é morta!

Do www.grupoinconfidencia.com.br Impunidade  > Vergonha Nacional  Nacional

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Requiem para um assassino

por Graça Salgueiro em 23 de fevereiro de 2008

O anúncio do ditador Fidel Castro de que estaria se afastando do poder da ilha-cárcere, provocou enorme comoção dentre aqueles que defendem com unhas, dentes, lágrimas nos olhos e voz embargada a maior miséria humana do século XX, embora não se tenha notícia de que nenhum desses defensores do genocídio castrista tenha fugido do seu país para viver no “paraíso caribenho”. Que o digam os comunas que vivem como “burgueses”, Chico Buarque em Paris e o caquético Niemayer numa cobertura em Copacabana.

Tão repugnante quanto as entrevistas destes defensores do genocídio cubano, nostálgicos e sentimentais como se descrevessem uma passagem de filme romântico, foi ler os títulos das matérias, dentre os quais destaco este do Portal Terra: “ América Latina elogia transferência do poder em Cuba. Engloba-se a opinião de meia dúzia de palpiteiros esquerdopatas - como se fosse o pensamento de toda a América Latina - que acham natural um infeliz tomar um governo de assalto, permanecer lá por malditos 49 anos e quando não tem mais condições físicas de empunhar o chicote e a baioneta, designa seu irmão para continuar o criminoso ofício. Estabelece-se assim uma ditadura hereditária e esses mesmos palpiteiros que não economizam palavras na hora de execrar a ditadura militar – com alternância de presidentes - que fomos obrigados a enfrentar, para o bem do Brasil, referendam e acham absolutamente normal e elogioso o gesto que, aliás, nem consideram como “ditadura”.

Ao lado disso, outros tantos desandam a falar numa “transição com abertura política”, como se a dinâmica utilizada por Raúl Castro – o ditador herdeiro - fosse muito diferente daquela do pai da revolução cubana. Como se Raúl fosse mais flexível e humano que Fidel, como se Raúl fosse mais “liberal” (no sentido de respeitar as liberdades individuais) do que seu irmão mais velho, e como se o velho abutre estivesse saindo de cena definitivamente. Lamentavelmente, não está!

É o próprio Fidel quem dá o recado quando diz no final de sua mensagem enviada dia 19: “Não me despeço de vocês. Desejo só combater como um soldado das idéias. Seguirei escrevendo sob o título ‘Reflexões do companheiro Fidel’. Será uma arma a mais do arsenal com a qual se poderá contar. Talvez se escute minha voz. Serei cuidadoso”, o que significa que só vai largar o osso quando o puserem no caixão. Até lá, quem continua mandando é ele, mesmo que como eminência parda.

No domingo 24 de fevereiro haverá eleições (ou simulacro disto) para a Assembléia Nacional do Poder Popular (Parlamento) e Raúl será ratificado nos cargos de presidente do Conselho de Estado (que já ocupa interinamente) e de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas que o converterá oficialmente em Chefe de Estado ou ditador vitalício hereditário. Além desses dois cargos, Fidel ocupava ainda os de presidente do Conselho de Ministros e Primeiro Secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC), dos quais não se afastou oficialmente. Para a presidência do Conselho de Ministros três candidatos da maior confiança do clã Castro podem vir a ocupar o cargo: Ricardo Alarcón de Quesada, presidente do Parlamento, diplomata de carreira que é na prática o primeiro-ministro de Fidel e considerado o cubano com os maiores contatos no mundo; Carlos Lage, vice-presidente do Conselho de Estado e de Ministros e Felipe Pérez Roque, atual ministro das Relações Exteriores.

Não por acaso, neste mesmo dia 24 de fevereiro de 1996, a ditadura cubana abateu dois aviões dos “Hermanos al Rescate”, assassinando 4 de seus pilotos: Armando Alejandro Jr. de 45 anos, cubano-americano; Pablo Morales de 29 anos, cubano residente legalmente nos Estados Unidos; Carlos Costa de 29 anos, americano de origem cubana e Mario de la Peña, de 24 anos, americano de origem cubana. O “Hermanos al Rescate” é um grupo de abnegados voluntários que buscam compatriotas cubanos que se aventuram no Mar do Caribe, expostos a todo tipo de riscos, inclusive naufrágio ou ataques de tubarão e os resgata, levando-os à terra firme nos Estados Unidos.

Naquele 24 de fevereiro de 1996, esses quatro rapazes faziam um vôo em águas internacionais em busca de alguma embarcação, quando foram atingidos por disparos de mísseis cubanos. A ordem veio de Raúl Castro, este que os palpiteiros acreditam ser mais “flexível” e “bonzinho” que seu irmão Fidel. Em entrevista a Dan Rather da CBS News, Fidel Castro admite cinicamente a responsabilidade por mais este crime, pois mesmo a ordem tendo sido dada por Raúl, que é o comandante das Forças Armadas, a última palavra era – e continuará sendo – de Fidel. No site www.rescatecubano.com, sob o título “A quien pueda interesar”, pode-se assistir um vídeo com a gravação feita na hora do ataque aos aviões. Lá pode-se ouvir todo o horror e sadismo dos criminosos que festejaram com gritos de “Pátria ou morte!”, o sucesso da investida contra civis desarmados e que não atentavam contra nenhuma “soberania”, como alegaram os irmãos Castro. Este crime foi denunciado e condenado pelo Conselho de Segurança da ONU em julho de 1996, mas os criminosos irmãos Castro continuam impunes, até hoje.

Durante esses quase dois anos em que Raúl comandou a ditadura, a repressão e a perseguição aos disidentes recrudesceu enormemente mas estas coisas nunca são divulgadas pelos meios de comunicação dos países livres porque seria “trair os ideais” desta revolução que os psicopatas comunistas adoram endeusar, desde que os confortos do mundo capitalista lhes sejam garantidos. Em 10 de dezembro do ano passado, Dia Internacional dos Direitos Humanos, por exemplo, uma pequena manifestação foi barbaramente reprimida e sete dos manifestantes acabaram presos porque vestiam camisas com a palavra “Cambio”.

Em 29 de novembro de 2007, dois jovens líderes estudantis foram presos na unidade de polícia nacional de “Zanja y Dragones” por pedir a autonomia universitária em Cuba; disseram-lhes que seriam processados e condenados sob a acusação de “periculosidade”. Em 28 de janeiro deste ano, opositores ao regime foram presos e golpeados por terem tido a “ousadia” de querer depositar flores no túmulo de José Martí! A quantidade de denúncias que recebo diariamente sobre abuso de poder, repressão autoritária, prisões arbitrárias e infundadas, além de torturas físicas e psicológicas aos que apenas desejam liberdade e respeito aos direitos mais comezinhos do ser humano, ocorridas neste curto período do comando de Raúl Castro, são incontáveis. Destaquei algumas para que se tenha idéia de como Raúl é generoso e respeitador dos direitos humanos: Condenado em julgamento sumário e oculto; sete são detidos pela atividade considerada criminosa conhecida como “o Rosário”, onde familiares de presos políticos se reúnem para rezar em prol da libertação de todos os presos; esposa de preso político, grávida, fica presa por cinco dias em calabouço por “desacato a autoridade” e é ameaçada de agressão física pela mulher do chefe da Polícia. Num só dia foram presos mais de 30 dissidentes por motivos tolos, como se reunir para rezar ou portar uma Bílbia na bolsa, todos considerados como crimes de “periculosidade pré-delitiva” que não se sabe exatamente o que quer significar.

A mais notável de todas as farsas e desrespeito ao ser humano, entretanto, ocorreu no início do mês de fevereiro após uma audiência promovida pela Universidade de Ciências Informáticas (UCI) com o presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular, Ricardo Alarcón. O estudante Eliécer Ávila Cicilia fazia perguntas sobre direitos que lhes são negados, tão óbvios, que chega a ser estarrecedor ver alguém que não cometeu nenhum crime mendigar pela liberdade de ir e vir, como se isto fosse um favor enorme concedido por seu “dono”.

Com perplexidade, Eliécer perguntava: por que o comércio da ilha utilizava os pesos convertíveis em dólar e os trabalhadores – classe não pertencente à Nomenklatura – recebiam seus miseráveis salários em peso cubano, que tem 25 vezes menos poder aquisitivo? Por que os cubanos não podem freqüentar hotéis ou viajar para outros lugares do mundo? Por que é censurado o uso de internet, sobretudo proibido acessar o site Yahoo? Com um cinismo nauseante Alarcón respondeu que, “Se no mundo todo, os 6 bilhões de habitantes pudessem viajar para onde quisessem a confusão que haveria nos céus do planeta seria enorme; os que viajam realmente são uma minoria”, fazendo de conta que não sabe a diferença abissal entre ser livre para fazer escolhas próprias e depender da autorização de um tirano para tudo na vida. Assistam aqui o pseudo debate, num vídeo que foi feito clandestinamente e repassado à BBC.

No dia 9 de fevereiro, dias depois deste espetáculo montado para dar a impressão de que o novo ditador quer promover uma abertura política, este jovem foi levado de sua casa às 8 horas da manhã para a capital por agentes da Segurança e do Conselho do Estado. Os pais de Eliécer fizeram a denúncia a dissidentes do regime alegando que tinham muito medo, pois foram advertidos de que não podiam falar e que estavam sob vigilância. Eles estavam em pânico, temendo pela vida do filho, não sem razão, pois sua casa passou a ser vigiada constantemente por duas mulheres do Comité de Defensa de la Revolución (CDR) que interrogavam todas as pessoas que iam visitá-los.

No dia da detenção, um dos funcionários que identificou-se como sendo filho de Carlos Lage, disse para a família não se preocupar pois logo veriam Eliécer no programa “Mesa Redonda” informativo da televisão estatal. Conforme temiam seus pais, devem ter feito lavagem cerebral no jovem que ousou desafiar o todo-poderoso Alarcón para que diante da televisão se retratasse para todo o país. No dia 11 ocorre um novo debate entre alguns dos estudantes que estiveram presentes ao episódio com Alarcón e uma repórter de “Cuba Debate”, cujo slogan é “contra o terrorismo midiático”. Os estudantes negaram que foram reprimidos, presos e pior ainda, afirmaram que foram “vítimas de manipulação” de uma campanha difamente contra Cuba. Vejam neste vídeo como Eliécer se retrata e neste aqui os depoimentos dos outros estudantes. É de chorar de tristeza ver a lavagem cerebral que sofrem estes jovens...

Depois de tomar conhecimento de todas estas barbaridades e crimes, é possível acreditar nesta tal “transição política” de Raúl Castro tão propalada mundo afora, só porque Fidel reconheceu sua decrepitude e saiu de cena sem deixar o poder? Como se pôde constatar, ambos são criminosos sem escrúpulos, mentes pervertidas e más até as entranhas que não desejam o bem do seu povo mas escravizá-lo sempre e cada vez mais para compensar seus sentimentos de inferioridade: Fidel, por ser filho bastardo só reconhecido aos 17 anos e Raúl, por ser uma figura inexpressiva, mal amada e desrespeitada até mesmo dentro das Forças Armadas, invejoso do poder do irmão e cansado de ser durante toda a vida apenas uma sombra e uma escada para que Fidel brilhasse e aparecesse perante o mundo como o “Grande Líder”.

O povo cubano está farto de ser objeto na mãos desta sub-raça e os que acreditam nesta fanfarronice de folhetim barato são os colaboracionistas do regime, os que sonham com o mesmo poder que hoje lhes esmaga o crâneo e as vísceras. Esses aceitam o “borrão e conta nova” porque, em sua maioria não sofreram na carne nenhuma perseguição, tampouco tiveram parentes fuzilados pelo simples crime de serem cristãos ou discordar do regime comunista imposto na marra. Não há motivo para celebração nem sonho de dias melhores enquanto a máfia castrista estiver no poder, controlando a vida e a morte de cada um dos filhos daquela ilha.

O povo cubano digno não quer esmolas nem migalhas; não quer ser considerado cidadão de segunda classe dentro do seu próprio país nem quer a interferência de nenhum outro povo senão do seu próprio, cubano, residente na ilha ou em outros países, livre para decidir o que melhor lhe convém, livre para expressar-se sem medo dos calabouços ou “paredons”, livre para ir e vir, livre para ser dono de sua casa, do seu comércio, da sua vida. Enquanto esta maldita máfia castro-comunista não for deposta, julgada e condenada por seus milhares de crimes, tudo o que se fizer será apenas um arranjo mal feito, um faz-de-conta para inglês ver, e a esquerda mundial continuará tecendo loas nostálgicas ao “grande mito” Fidel e visitando Cuba, para dela desfrutar de tudo aquilo que seus legítimos donos há 49 anos não têm direito mas que ela, a maligna esquerda, aplaude e ajuda a manter.

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